A polícia prendeu um homem suspeito de envolvimento com o crime organizado na Favela de Acari, zona norte do Rio, durante uma operação da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD). Os agentes não encontraram drogas, mas apreenderam uma pistola, munição e radiotransmissores que seriam usados por traficantes.
Cerca de 80 homens participaram da ação, que contou com o apoio de dois helicópteros e do carro blindado da Polícia Militar, conhecido como caveirão. Para tentar impedir o acesso à favela, os traficantes montaram barreiras com troncos de árvores, que foram retirados pela polícia.
Uma denúncia anônima também levou os policiais a uma casa abandonada na favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, onde traficantes preparavam drogas para venda. Foram apreendidos três mil papelotes de cocaína, dois quilos de pasta da droga, 200 trouxinhas de maconha e uma espingarda. Ninguém foi preso.
Na madrugada de quinta-feira, policiais da Delegacia de Roubos e Furtos haviam encontrado um caminhão com 40 quilos de pasta de cocaína, na Avenida Brasil, na altura do bairro da Penha, também na zona norte. De acordo com a polícia, a pasta, depois de misturada, poderia render até 150 quilos da droga, que poderia ser vendida por até R$ 500 mil. De acordo com os agentes, o caminhão levava a cocaína de São Paulo para a favela da Mangueira. O motorista do caminhão, José Elisiário da Fonseca, de 41 anos, e o ajudante, Henrique Moraes dos Santos, de 23 anos, foram presos.
A zona norte é a única região do Rio que ainda não recebeu Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), criadas pela Secretaria de Segurança para ocupar e desarticular as quadrilhas de tráficos de drogas do Estado. O governador Sérgio Cabral prometeu a criação de mais 40 UPPs este ano, com a inclusão de comunidades da zona norte e do subúrbio.