A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense concluiu o inquérito do caso Juan de Moraes e definiu que o estudante de 11 anos foi executado em uma ação policial na Favela Danon, em Nova Iguaçu, onde não houve troca de tiros entre policiais e criminosos.

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No início do mês o diretor de Polícia Técnica e Científica da Polícia Civil, Sérgio Henriques, revelou, após realizar a perícia, que não foram encontrados indícios de disparos por parte de criminosos. Segundo ele, apenas cinco cápsulas deflagradas do mesmo calibre usado pela Polícia Militar (PM) do Rio foram encontradas no local dos crimes.

Além de Juan, o suposto traficante Igor de Souza Afonso, de 17 anos, também morreu durante a incursão policial. Foram feridos o irmão de Juan, Wesley de Moraes, de 14 anos, e o vendedor W., de 19 anos. Os sobreviventes foram incluídos em programas federais de proteção a testemunhas.

No noite de ontem, o Ministério Público do Rio pediu as prisões temporárias dos cabos PMs Edilberto Barros do Nascimento e Rubens da Silva e dos sargentos Isaías Souza do Carmo e Ubirani Soares. Eles são acusados por dois homicídios duplamente qualificados (pelas mortes do garoto Juan e de Igor de Souza Afonso), duas tentativas de homicídio duplamente qualificado (Wesley de Moraes e a testemunha W.) e ocultação de cadáver (de Juan).

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