A Polícia Civil mineira acredita já ter informações sobre o paradeiro de um rapaz de 17 anos acusado de comandar o grupo que matou três pessoas e deixou pelo menos 12 feridos em três ataques realizados em sequência nos bairros Glória e São Salvador, na região noroeste de Belo Horizonte. Hoje, três pessoas, incluindo uma criança de 2 anos, continuavam internadas no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, na capital mineira. Uma das vítimas está com queimaduras em cerca de 80% do corpo, mas, segundo a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), todas estão estáveis.
Os ataques ocorreram na noite de sábado, 30. De acordo com a ocorrência da Polícia Militar (PM), o jovem – que já foi apreendido 12 vezes, sendo quatro por tráfico de drogas -, um primo do rapaz, que seria maior e também já é conhecido da polícia, e uma mulher ainda não identificada participaram do ataque. Eles teriam levado aproximadamente dez minutos para percorrer os cinco quarteirões onde ficam um bar, uma lanchonete e uma casa nos quais estavam os alvos.
Segundo o chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) da Polícia Civil mineira, delegado Edson Moreira, o crime é resultado de uma guerra de quadrilhas rivais do tráfico que ocorre na região. “O irmão dele foi morto por causa dessa guerra e a mãe dele foi expulsa de onde morava, porque também está envolvida”, revelou o policial.
Além de acertos relacionados ao tráfico, a morte do irmão Iago Silva Duarte também seria um dos motivos do ataque. Ele teria sido assassinado por uma mulher que é parente de uma das vítimas da chacina ocorrida no sábado. O Juizado da Infância e da Juventude em Belo Horizonte já expediu mandado de busca e apreensão para o menor.
Moreira não confirmou informações de moradores do bairro Glória, segundo as quais o suspeito teria voltado ao local na madrugada passada e feito ameaças de novas matanças, nem se o rapaz teria saído de Belo Horizonte. Mas afirmou que os responsáveis pelas investigações já têm pistas sobre um provável esconderijo do adolescente. “Quem sabe a gente não encontra ele nas próximas horas”, disse o delegado.