Pelo menos 19 pessoas morreram e 9 ficaram feridas por balas perdidas numa das maiores operações de combate ao tráfico no Rio realizada por 1.200 policiais civis e militares e 150 agentes da Força Nacional de Segurança (FNS) no Complexo do Alemão, zona norte. Segundo a Secretaria da Segurança, todos os mortos são criminosos. O secretário José Mariano Beltrame chegou a dizer à tarde que havia de 18 a 20 mortos, mas, às 20 horas, após nova contagem, diminuiu o número para 13. Às 23 horas, a 22ª DP (Penha), que registrou o caso, confirmou que havia pelo menos 19 mortos em confrontos. Quatro pessoas foram presas.
Houve troca de tiros por mais de sete horas em vários pontos do Alemão – onde a polícia mantém um cerco desde 2 de maio, no qual pelo menos 36 pessoas já morreram e 72 ficaram feridas. Segundo um balanço preliminar, foram apreendidos 40 quilos de cocaína, 115 quilos de maconha, 50 explosivos, 5 fuzis, 5 pistolas e 2 metralhadoras antiaéreas, capazes de derrubar helicópteros.
A operação foi planejada pelo Centro de Informação da Polícia Civil, que recebeu na terça-feira a informação de que traficantes se encontrariam ontem em uma casa onde estava escondido o paiol de armas e drogas da facção Comando Vermelho, na Favela da Grota. Os policiais se reuniram às 5 horas, no estande de tiros da Polícia Civil, no Caju, zona norte, e seguiram para o Alemão. O cerco começou por volta das 9 horas. A polícia foi recebida a tiros.
Homens da Coordenadoria de Recursos Especial (Core) da Polícia Civil e do Batalhão de Operações Especiais da PM e tropas de elite cercaram uma casa pintada de rosa no alto da Grota, na localidade conhecida como Areal, que marca a divisa com a Favela Nova Brasília. Nove traficantes estavam no local e, segundo policiais, reagiram jogando granadas e atirando. O tiroteio durou cerca de duas horas. Segundo a polícia, os nove morreram no local.
