A Polícia Ambiental apreendeu 316 pássaros silvestres de diversas espécies, entre elas duas em extinção, que eram mantidos ilegalmente em cativeiros de cidades das regiões de São José do Rio Preto, José Bonifácio, Novo Horizonte e Catanduvia, no interior de São Paulo. Quarenta donos de criatórios foram multados em 306 mil e além da multa, vão responder por crime ambiental, cuja pena é de seis meses a três anos de cadeia para quem é pego em flagrante criando animal silvestre em cativeiro sem autorização do Ibama.

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As apreensões fizeram parte da Operação Natal, que realizou blitze em 48 municípios. Nesta quarta-feira, as aves, que passaram por avaliação de biólogos, foram reintroduzidas na natureza, mas algumas foram encaminhadas para criatórios públicos autorizados pelo Ibama, como o Bosque de Rio Preto. Entre as espécies encontradas estavam canário-da-terra, pássaro- preto, trinca-ferro e bigodinho, além curiós e azulões, duas espécies da lista de extinção.

De acordo com o tenente André Eduardo Trevisan, as blitze foram realizadas inclusive em criatórios cadastrados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), onde os policiais encontraram pássaros mantidos ilegalmente pelos proprietários. “Foram encontrados pássaros que não estavam inscritos na relação do cadastro do Ibama, outros com anilhas falsas ou adulteradas e outros sem anilhas”, explicou.

A anilha é um anel que é colocado, com autorização do Ibama, nas pernas das aves logo quando elas nascem. A colocação do anel só é possível até cerca de dez dias após o nascimento porque o dedo da ave, que é flexível ao nascer, se torna rígido após essa idade. Segundo Trevisan, os policiais encontraram muitas aves com os dedos quebrados pelos donos que tentaram colocar anilhas falsas já nos animais adultos. De acordo com Trevisan, de 52 criatórios visitados pelos policiais, em 40 deles foram apreendidas aves mantidas ilegalmente.

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