A Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro afastou de suas funções os 15 policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha acusados de participar da tortura do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza no dia 14 de julho. Os agentes foram denunciados ontem (22) pelo Ministério Público (MP), que acredita que Amarildo tenha morrido depois de 40 minutos de tortura nos fundos da sede da UPP.

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Entre os denunciados, três tiveram prisão preventiva decretada ontem pela Justiça: os sargentos Reinaldo Gonçalves e Lourival Moreira e o soldado Vagner Soares do Nascimento. Além do crime de tortura, eles respondem por ocultação de cadáver e formação de quadrilha.

 

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Quatro dos denunciados são acusados de fazer a vigilância da UPP para impedir que qualquer pessoa testemunhasse a sessão de tortura e, portanto, de participar diretamente dos crimes de tortura e ocultação de cadáver. Oito policiais, que estavam dentro da sede da UPP, são acusados de omissão diante do crime, já que, de acordo com o MP, eles ouviram a tortura e não fizeram nada para impedi-la.

Dez policiais militares já haviam sido denunciados pelos crimes de tortura, ocultação de cadáver e formação de quadrilha e já estão presos. Quatro desses PMs também são acusados de fraudar o processo, ao tentar enganar a investigação e colocar a culpa da morte de Amarildo em criminosos comuns da Rocinha. Nesse grupo estão o ex-comandante da UPP, major Edson Santos, e o ex-subcomandante da unidade tenente Luiz Medeiros.

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A Polícia Militar informou que respeita a decisão da Justiça em relação à decretação da prisão de mais três acusados, mas ainda não recebeu o mandado de prisão.