Polícia acha que roubo de quadros foi por encomenda

Os quadros roubados no domingo – dois de Candido Portinari, um de Tarsila do Amaral e outro de Orlando Teruz – e encontrados em uma rua da Barra Funda (zona oeste da capital paulista) estavam embrulhadas em papel pardo, segundo o delegado seccional Dejar Gomes Neto, responsável pelo caso. O policial levantou a hipótese de crime por encomenda. “Por causa da pressão da polícia, talvez quem tenha encomendado desistiu”, disse.

Segundo a polícia, as obras foram deixadas próximo de um portão da Rede Record e funcionários da emissora foram avisados por uma ligação anônima do abandono. Ninguém foi preso. Fitas do circuito fechado de TV da Record serão requisitadas pela polícia. De acordo com a polícia e um membro da família Maksoud, não houve avarias. Sem proteção, as pinturas foram levadas por policiais até a Delegacia Seccional Centro, nos Campos Elísios.

Também foram apresentados 13 pacotes de bijuterias e dois relógios de pulso que, segundo a polícia, foram abandonados juntamente com as obras. “Várias peças estavam cortadas para verificar se eram folheadas ou se era ouro mesmo”, afirmou Gomes Neto. Embora a polícia tenha divulgado que o material apresentado era parte das joias roubadas, a família, porém, confirmou serem bijuterias. Também não foram recuperados os cerca de R$ 2 mil em dólares que estavam no cofre. A polícia interpreta a devolução das obras como uma vitória da investigação.

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