Brasília – O novo avião presidencial chega hoje ao País, segundo informou a assessoria da Aeronáutica. Fabricado na Alemanha e nos Estados Unidos pela empresa Airbus Corporate, a aeronave saiu da cidade alemã de Hamburgo e fará uma parada em Toulouse (França) antes de chegar ao Brasil.
Batizado com o nome do pai da aviação Santos-Dumont, o novo avião, modelo ACJ-319, deve estrear no próximo dia 19, quando o presidente irá a Tabatinga (AM) para o lançamento do novo projeto Rondon. A reedição do Rondon, originalmente aplicado entre os anos 60 e 80, vai levar estudantes universitários para prestar serviços sociais às comunidades pobres.
O custo do Airbus é de US$ 56,7 milhões. A aquisição gerou críticas ao governo pelo preço da empreitada e pelo fato de a compra ser feita de uma empresa estrangeira e não da Embraer. Políticos da oposição reclamaram também dos atributos da aeronave, considerados de um luxo exagerado. Neste sábado, o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Luiz Carlos da Silva Bueno, vai falar sobre o novo avião e tentar rebater as críticas.
Durante a apresentação do Santos-Dumont, na Base Aérea de Brasília, o brigadeiro Bueno e mais o negociador da compra, brigadeiro Aprígio Azevedo, e o tenente-coronel Univaldo de Sousa, futuro comandante do grupo de transporte especial, vão explicar a aquisição. Segundo o governo, foram produzidas simulações de custos com o objetivo de demonstrar que possuir o avião não é luxo e tê-lo custará menos ao País.
Entre os argumentos, se mostrará que o custo da hora de vôo do Airbus é quatro vezes menor que o do Sucatão, avião que serviu até hoje à Presidência da República. E que o Brasil pagará muito menos do que se tivesse que alugar um avião da TAM pelos próximos 30 anos, que é o tempo de vida útil da aeronave. O documento, preparado pela Aeronáutica, diz que haverá economia em diárias. No Sucatão sempre viajam oito mecânicos.