Pnud recomenda integração de políticas para crescimento do país

Brasília – Apesar de ter, pela primeira vez, atingido o grupo de países classificados como de alto desenvolvimento humano, o Brasil precisa trabalhar para integrar suas políticas e continuar crescendo para que a vida das pessoas melhore no país. A avaliação é do assessor especial do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Flávio Comim.

?Não tenho dúvida de que o IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] do Brasil vai melhorar pelos próximos cinco, seis anos, por tudo que sabemos que está sendo feito no país. Mas será que isso vai ser traduzido na velocidade que é importante para melhorar a vida das pessoas??, questiona.

O Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) 2007/2008, divulgado nesta terça-feira (27) em Brasília, mostra que, em uma variação de 0 a 1, o Brasil alcançou 0,8 no IDH, índice considerado marco de alto desenvolvimento humano. Mesmo assim, o país caiu uma posição no ranking ? está hoje em 70º lugar ? e continua atrás de outras nações em desenvolvimento, como a Argentina, o Chile, o Uruguai e o México. Outros países, como Albânia e Arábia Saudita ultrapassaram o Brasil. Quem lidera o ranking do IDH é a Islândia, com um índice de 0,968.

Para Comim, esse avanço do Brasil faz com que o país tenha a obrigação de ser ainda mais crítico em relação à situação das pessoas pobres. O principal caminho para isso é integrar as políticas existentes no país e reconhecer que os níveis de desigualdade e de pobreza do país são ?inaceitáveis?.

?A métrica do desenvolvimento humano não é apenas quando o seu número frio muda, é quando a atitude das pessoas mudam. E aquelas coisas que antes eram aceitáveis passam a ser inaceitáveis?, afirma o assessor.

Além dos índices de desenvolvimento humano, o Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento traz importantes informações sobre o aquecimento global e as mudanças climáticas. O órgão recomenda medidas como a taxação sobre a emissão de gases e a adoção de programas mais rígidos de créditos de carbono.

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