São Paulo – O vice-presidente José Alencar, que tinha com alta prevista para as 16h de ontem, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, deverá continuar internado por mais dois ou três dias, conforme decisão do médico cirurgião Raul Cutait, chefe da equipe que o submeteu, no sábado, a uma cirurgia de retirada da vesícula. Segundo Cutait, Alencar apresentou, por volta de meio-dia, febre em torno de 37,5%. Os médicos descobriram que ele contraiu uma “pequena pneumonia” no pulmão direito.

O médico cirurgião informou que, apesar da infecção, Alencar está bem e respira sem dificuldades. Cutait não esclareceu se o vice-presidente assumiria, interinamente, a Presidência por causa da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na sexta-feira, à Venezuela. O médico disse que Alencar tinha condições de despachar no hospital, mas caberia ao vice-presidente decidir. Cutait justificou a suspensão de alta como uma medida de prudência. Segundo o médico, a pneumonia apresentada por Alencar é, com freqüência, resultado de quadros inflamatórios e infecciosos como o que levaram o vice a retirar a vesícula. “Essa pneumonia nada tem de anormal. Está tudo perfeito com o vice-presidente”, explicou o médico.

O vice-presidente José Alencar enviou ao presidente Lula uma carta em que se diz impossibilitado de assumir, interinamente, a Presidência da República, como estava previsto. Ele enviou em anexo o atestado médico, assinado pelo médico cirurgião Raul Cutait, em que informa ainda que não há previsão para a alta. Com isso, o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), deve ser o presidente da República em exercício enquanto Lula viaja para a Venezuela.

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