Os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2008, divulgados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram “avanço nas conquistas sociais do povo brasileiro”, disse hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no programa semanal de rádio “Café com o Presidente”. “Um avanço lento”, disse, ao confrontá-lo a uma subida “degrau por degrau”. Lula afirmou que tornar melhores as condições de vida dos cidadãos com a ampliação da massa salarial e da coleta de esgoto prova que o Brasil “encontrou, definitivamente, seu caminho”.
Segundo dados da pesquisa, a renda média real (descontada a inflação) do brasileiro foi estimada em R$ 1.036,00 no ano passado, com alta de 1,7% ante o ano anterior. O estudo também mostra que em 2008 o Brasil tinha 30,2 milhões domicílios conectados às redes de esgoto – eram 28,4 milhões no ano anterior.
“Estamos melhorando a vida das pessoas. Agora, mais importante ainda é que a gente continue garantindo que as pessoas tenham, ano a ano, as conquistas. Depois que vier uma outra pessoa governar este país, se ela continuar fazendo com que haja avanço nas conquistas das pessoas, a gente pode concluir que, dentro de mais dez ou 15 anos, estaremos num patamar de desenvolvimento e de conquista social muito mais importante para o povo brasileiro”, declarou.
Zoneamento
Lula afirmou também acreditar que o governo quer demonstrar que tem a capacidade de criar uma matriz energética menos poluidora para a Terra, ao falar sobre o projeto de zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar, lançado na semana passada. “Talvez, no mundo inteiro, ninguém nunca tenha feito o que fizemos aqui”, afirmou. Segundo o presidente, o governo quer mostrar ao mundo que o etanol é uma energia renovável “extraordinária” e que pode permitir, por exemplo, a redução na emissão de gases de efeito estufa.
“O principal é que preservamos algumas áreas muito importantes”, disse, ao referir-se à Amazônia, ao Pantanal e à Bacia do Alto Paraguai. Lula afirmou que países ricos reclamam dos efeitos provocados pelo aquecimento global, mas pouco fazem para resolver a questão.
