O laudo divulgado nesta terça-feira (18) pelo Instituto Médico Legal (IML) de Bauru, no interior paulista, revela que o corpo do menor Carlos Rodrigues Júnior, de 15 anos, apresentava 30 ferimentos causados por choque elétrico e escoriações na face e no tórax. A causa da morte foi definida como "eletroplessão". Ele foi morto na madrugada de sábado, quando seis policiais militares invadiram sua casa para prendê-lo sob a acusação de ter roubado uma moto.

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O médico Ivan Segura, diretor do instituto, disse que dois dos ferimentos causados por choque são na região mamária e conduziram a corrente direto ao coração, provocando a arritmia seguida de morte. O promotor João Henrique Ferreira, presente à reunião de divulgação do laudo, disse que há apenas uma dúvida: se denunciará os policiais por "homicídio com tortura" ou "tortura com resultado homicídio", mas não lhe resta dúvida de que a vítima foi torturada e isso causou sua morte.

O delegado seccional, Donizetti José Pinezzi, afirmou que a Polícia Civil abriu inquérito para apurar em que situação ocorreu a morte do menor e esclarecer outros pontos que se tornaram secundário no caso. São eles o surgimento de um tijolo de 350 gramas de maconha no quarto do rapaz, informado pelo PMs após sua morte, e detalhes de sua suposta participação no suposto furto da moto que desencadeou a ocorrência policial e foi encontrada no quintal da casa da vítima.

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