O Inquérito Policial Militar que investiga abusos de soldados e oficiais da Brigada Militar (a polícia militar gaúcha) contra adolescentes, durante perseguição de um acusado da morte de um sargento, indiciou 15 policiais militares por tortura, quatro por lesões corporais e um por falso testemunho. O resultado da investigação foi apresentado no final da tarde de ontem pelo comandante da Brigada Militar, coronel Nilson Nobre Bueno.
O caso que deu origem ao inquérito ocorreu em 27 de dezembro do ano passado, em Flores da Cunha, na serra gaúcha. Um grupo com mais de 40 policiais militares teria entrado na casa do gesseiro Valdir Moura, 41 anos, acusado da morte do sargento Luiz Ernesto Quadros Mazui, de 39 anos, e torturado cinco adolescentes.
Os nomes dos indiciados não foram divulgados pelo comando da Brigada Militar sob a alegação que o inquérito está em sigilo. Até o julgamento do caso pela Justiça Militar, eles não serão afastados da corporação, mas só trabalharão em atividades administrativas, sem participar do policiamento nas ruas. Se condenados, poderão pegar até oito anos de prisão e perder suas funções públicas.
