PMs envolvidos no caso Juan ainda não foram presos

Os quatro policiais militares suspeitos de envolvimento na morte do menino Juan Moraes, de 11 anos, se apresentaram normalmente ao quartel hoje. Segundo o advogado que cuida do caso, Edson Ferreira, eles aguardam o cumprimento da ordem de prisão decretada pela Justiça na noite de ontem. A assessoria de imprensa da Polícia Militar também não tinha mais informações sobre o caso por volta das 14h20.

O decreto de prisão temporária é válido por 30 dias. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense concluiu que, no dia 20 de junho, o estudante foi executado pelos sargentos Isaías Souza do Carmo e Ubirani Soares e pelos cabos Edilberto Barros do Nascimento e Rubens da Silva, em operação forjada – na qual não houve troca de tiros com criminosos – na Favela Danon, em Nova Iguaçu.

Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva, do 4º Tribunal do Júri de Nova Iguaçu. O Ministério Público do Rio acusa os PMs de dois homicídios duplamente qualificados, duas tentativas de homicídio e ocultação de cadáver. A perícia da Polícia Civil derrubou a versão de tiroteio dos sargentos e dos cabos.

Além das mortes de Juan e de Igor de Souza Afonso, de 17 anos, eles vão responder pela tentativa de matar o irmão do estudante, de 14, e um vendedor, de 19 anos. Baleados, ambos estão em um programa estadual de proteção de testemunhas.

No registro de ocorrência, os PMs apresentaram drogas e uma arma com quatro cápsulas intactas, que seriam dos baleados. Os quatro envolvidos já participaram de 36 autos de resistência (mortes de criminosos em confronto com policiais).

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