A Executiva Nacional do PMDB definiu ontem que a pré-candidatura à Presidência da República do senador Roberto Requião, lançada pela ala oposicionista do partido na quarta-feira, só será votada se a proposta de aliança com o PSDB não for aprovada sábado, durante a convenção nacional, em Brasília.
Desta forma fica mantido o edital da convenção, com a pergunta aos convencionais: ‘você concorda com a coligação com o PSDB, tendo a deputada Rita Camata (ES) como vice na chapa de Serra?’ Caso a maioria diga não, será marcada outra convenção, em data a ser definida, para votar a pré-candidatura de Requião.
O senador criticou a decisão do diretório e do presidente do partido, Michel Temer. Ele disse ter feito a inscrição atendendo a pedido de diretórios regionais e do senador Pedro Simon (RS). “Eles negociaram o PMDB com o governo e querem evitar que o contraditório se estabeleça na convenção”, afirmou. Requião ressaltou ainda que a sua inscrição é legal, tendo sido feita antes de 48 horas da convenção. “Absurdamente ilegal é a recusa do diretório em aceitá-la. Nós vamos à Justiça e à convenção. Não vai sair barata essa decisão do diretório do PMDB”, alertou.
“Caso eles não aceitem a inscrição de minha candidatura, os peemedebistas autênticos e éticos poderão alegar objeção de consciência e negar apoio às decisões da convenção”, disse. Seu maior argumento é a votação ocorrida na convenção de setembro de 2001 e reafirmada em março, em São Paulo, onde a maioria optou por ter candidato próprio à Presidência.
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