Brasília – O PMDB protocolou na sexta-feira, junto ao Supremo Tribunal Federal, um recurso contra a decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Edson Vidigal, que no fim da semana passada concedeu liminar proibindo a realização das prévias que escolheriam o candidato do partido à presidência da República.
No mandado de segurança impetrado pela direção nacional do PMDB, a legenda considera que o ministro Vidigal deveria ter se considerado impedido de julgar o pedido, tendo em vista que o advogado constituído pela ala governista do partido era o seu próprio filho. No recurso, é ressaltado ainda o fato de o ministro Vidigal já ter sido deputado federal pelo PMDB e delegado do partido junto ao TSE.
Na ação, o partido solicita a suspensão liminar da decisão de Vidigal. O relator designado pelo STF será o ministro Eros Grau.
Apesar da decisão de Vidigal, o PMDB realizou as prévias em todo o país, atribuindo a ela um caráter de mera consulta, que dependeria de julgamento do STF. Apesar de o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, ter feito a maioria dos votos, o ex-governador fluminense, Anthony Garotinho, foi escolhido por conseguir vencer nos colégios eleitorais com maior número de delegados.