Está cada vez mais acirrada a disputa entre o PT e o PMDB por cargos no governo federal. Agora, além da guerra pelas vagas do setor elétrico, o objeto do desejo é o Ministério da Previdência comandado por Luiz Marinho (PT), que vai sair até junho para se candidatar à Prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), berço político do petismo. Uma briga menos ruidosa, mas que desperta o interesse de partidos menores, também ronda o Ministério do Turismo, hoje chefiado por Marta Suplicy (PT).
Embora ela prefira se preservar para a corrida ao governo paulista, em 2010, o Palácio do Planalto dá como certa sua entrada no páreo pela Prefeitura de São Paulo. Nesse cenário de eleições municipais à vista, Marta e Marinho são dois nomes do PT que devem ser substituídos em breve no time de 37 ministros. Pelo calendário eleitoral, ministros que vão participar do pleito de outubro são obrigados a deixar os cargos até 5 de junho.
?Eu serei candidato a prefeito, mas vou falar sobre isso somente em março?, desconversa Marinho. ?Estou muito feliz no governo e não vou decidir nada de afogadilho?, tem dito Marta. Articulador político do Planalto, o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, quer passar ao largo dessa nova queda-de-braço. ?Já avisei a quem me procurou que esses cargos pertencem ao PT?, afirma. ?A minha função aqui é conciliar, mas sou sincero: não fico enrolando ninguém.
Depois de conseguir emplacar o senador Edison Lobão no Ministério de Minas e Energia, a cúpula do PMDB espera que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva bata o martelo nesta semana sobre os nomes para as presidências da Eletrobrás e Eletronorte. Mas, após fincar bandeira nesse território, deixará claro seu próximo alvo: o Ministério da Previdência.