O PMDB vai elaborar um documento com propostas para o governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, durante seminário que o partido realizará quarta-feira (27) para discutir o futuro do PMDB e uma agenda de prioridades para 2003. Na prática, o seminário poderá ser palco para os que defendem que o partido formalize apoio ao governo de Lula, com base em propostas coincidentes com as do PT para reformas constitucionais. Mas é também uma tentativa de esvaziar o movimento liderado pelo ex-presidente e senador José Sarney, que defende a convocação de uma convenção extraordinária do PMDB para mudar a direção do partido.

A amigos, José Sarney avisou que não foi convidado para o seminário. Mas seu “cabo eleitoral”, o senador e governador eleito do Paraná, Roberto Requião, confirmou presença no evento. Participará, inclusive, da mesa redonda que abordará a questão política. Requião, que defende a participação efetiva do PMDB no governo de Lula, é um dos responsáveis pelo recolhimento de assinaturas no partido para tentar fazer uma convenção extraordinária. Quer mudar o atual comando partidário e tentar emplacar Sarney na presidência do Senado.

O governador eleito do Rio Grande do Sul, deputado Germano Rigotto, também confirmou presença e será o debatedor sobre a questão econômica. “Vamos discutir o caminho do PMDB e qual a relação do partido com o governo Lula”, disse Rigotto, ao defender que o PMDB não ocupe cargos no futuro governo.

Intitulado “Agenda 2003, o Brasil que queremos”, o seminário também tratará da questão social. O governador reeleito de Pernambuco, Jarbas Vasconcellos, deveria ser o debatedor deste painel, mas alegou outros compromissos e não virá a Brasília. O governador eleito de Santa Catarina, Luiz Henrique, também estará presente.

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