A cúpula do PMDB espera ser acionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir o ingresso do partido no governo a partir do dia 6 de janeiro, depois das festas de fim de ano. A expectativa dos dirigentes do PMDB é de que o presidente anuncie formalmente os nomes da nova equipe ministerial na primeira quinzena de 2004, antes da convocação extraordinária do Congresso. Por isso, o comando partidário está em prontidão para formalizar a lista de nomes assim que for chamado pelo presidente Lula.
O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), disse a senadores que, caso o presidente não se manifeste depois do dia 6 de janeiro, o partido deverá provocar a discussão do assunto. Alguns parlamentares entendem que, apesar do reconhecimento público pela ajuda do PMDB na aprovação das reformas, o presidente estaria demorando na definição do papel do partido no Executivo. Os interlocutores do Palácio do Planalto afirmam que os ministérios das Cidades e das Comunicações podem ficar com o PMDB.
Para evitar disputas internas no partido, Calheiros preferiu optar por uma lista de nomes a título de sugestão. Como a decisão será do presidente, o desfecho seria menos desgastante para o líder junto à bancada, a maior do Senado. Mesmo assim, continuam fortes no Palácio do Planalto os nomes do senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) para a pasta das Cidades e do líder na Câmara, Eunício Oliveira (CE), para o lugar de Miro Teixeira, nas Comunicações. Apesar dessa preferência, outras alternativas estão em exame, como os nomes dos senadores Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e de Maguito Vilela (PMDB-GO).
