Três supostos integrantes do Comando Vermelho (CV), facção criada em presídios fluminenses, foram mortos durante uma operação da Polícia Militar, na noite deste domingo, 4, em Goiânia. Outros três suspeitos foram presos. Conforme a PM, a quadrilha é suspeita de executar seis pessoas, nos últimos 30 dias, a mando de detentos da facção que cumprem pena na Ala B do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital. As prisões e mortes foram anunciadas em entrevista coletiva, na manhã desta segunda-feira, 5, pela Secretaria da Segurança Pública de Goiás.

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Os policiais chegaram ao bando depois de abordar um suspeito que dirigia um automóvel de luxo com placas adulteradas. No veículo, foram apreendidas três pistolas – duas Glock 9 milímetros e uma arma de uso da Polícia Civil. Segundo a PM, o homem confessou que iria pegar outro integrante para, juntos, cumprirem mais uma ordem de execução dada pelo CV.

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O suspeito levou a polícia até o local em que estavam os outros integrantes do grupo, em uma casa do setor Buena Vista, região oeste de Goiânia. Houve reação e tiroteio. Os três homens que seriam líderes da facção foram baleados e mortos. Outros dois foram presos, além do condutor do automóvel.

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Ainda conforme a PM, o grupo gostava de se exibir em redes sociais empunhando armas. A polícia vai investigar como os criminosos tiveram acesso à arma da Polícia Civil.

Guerra de facções

O CV foi durante muitos anos a facção dominante nos presídios goianos, mas acabou suplantado nos últimos anos pela facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), conforme relatório da Segurança Pública.

No dia 1º de janeiro, uma rebelião motivada pela disputa entre as facções deixou nove mortos e 14 feridos no Complexo Prisional de Aparecida. As vítimas morreram carbonizadas – duas delas também foram decapitadas. Houve ainda fuga em massa na unidade.