Um policial militar matou a tiros um vendedor que estava com a mulher numa loja de conveniência, na noite de segunda-feira, 14, em Porto Ferreira, interior de São Paulo. Após os disparos, que foram antecedidos por uma discussão, o PM Denílson Felipe Francisco, de 20 anos, fugiu pela rodovia Anhanguera. Perseguido por outros policiais, ele bateu na traseira de um carro parado na cabine de um pedágio e arrastou o veículo por 40 metros. Os dois ocupantes se feriram. Na abordagem, foi constatado que o PM estava embriagado.

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De acordo com a Polícia Civil, o vendedor William Carlino Fadel, de 39 anos, estava com a mulher e um grupo de amigos na loja de um posto de combustível, à margem da rodovia, quando o policial teria vomitado próximo do local. Fadel teria comentado o fato e os dois começaram a discutir. O PM foi até o carro, um Hyundai Tucson, e voltou empunhando a pistola calibre .40. Em seguida, apontou a arma na direção do vendedor e fez vários disparos. Atingido no rosto e na barriga, Fadel foi levado até o Pronto-Socorro Municipal, mas não resistiu.

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Outros policiais que estavam próximos ao posto ouviram os tiros e saíram atrás do atirador. Depois de atingir e empurrar o automóvel Palio que estava no pedágio de Pirassununga, o suspeito acabou perdendo o controle do veículo e foi parar no canteiro central. Ao ser abordado, ele contou que era policial e apresentou a arma. Os policiais relataram que Denílson exalava odor etílico e tinha andar vacilante. O exame do bafômetro constatou 0,98 mg/l de álcool, três vezes acima do limite para ser considerado crime.

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O PM foi indiciado por homicídio doloso qualificado, tentativa de homicídio em relação às pessoas do carro – uma professora e a filha de oito anos – e embriaguez ao volante. Ele passou a noite no plantão da Polícia Judiciária e foi levado para a audiência de custódia, nesta terça-feira, 15. Por decisão da Justiça, o policial permanecerá preso e foi encaminhado ao Presídio Romão Gomes, na capital.

O corpo do vendedor, que é pai de três filhos, foi sepultado nesta terça, em Porto Ferreira. Mãe e filha que estavam no carro atingido pelo policial tiveram apenas ferimentos leves. A reportagem entrou em contato com o advogado que acompanhou o PM na audiência de custódia, mas não obteve retorno. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) não havia se manifestado até o início da noite.