A Polícia Militar de São Paulo vai receber, até o fim de janeiro, a primeira parcela – 8 mil armas – de um lote de 40 mil pistolas compradas no âmbito de investimento que supera R$108 milhões do governo do Estado para modernização dos equipamentos da corporação.

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A Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que as oito mil pistolas da Glock, austríaca vencedora da licitação, passaram por testes que seguem norma da Organização do Tratado Atlântico Norte (OTAN), com o objetivo de ‘selecionar armas mais seguras, confiáveis e duráveis para o emprego policial’.

O restante das pistolas compradas pelo governo Doria chegará ao arsenal da PM em intervalos de cerca de 40 dias. A última entrega será realizada em junho.

O valor total do investimento no âmbito desta licitação foi de R$ 35.674.400.

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Além da compra das pistolas, há outras sete licitações em andamento para aquisição de outros equipamentos para a PM paulista – mil fuzis calibre 7.62, 300 fuzis calibre 5.56, 2 fuzis de alta precisão, 10 metralhadoras leve, mil armas de incapacitação neuromuscular (tasers), 500 escudos balísticos e 5.500 coletes balísticos.

A belga FN Herstal ganhou a concorrência relativa à aquisição dos fuzis 5.56 e 7.62, e a austríaca STEYR a dos fuzis de precisão. Além delas, a brasileira Inbra Terrestre foi a vencedora do certame de coletes de proteção balística.

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As compras dos equipamentos, no entanto, só são confirmadas após a vencedora das licitações passar nos testes, seguindo norma da Organização do Tratado Atlântico Norte (OTAN). Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a prioridade é a qualidade dos equipamentos.

Entre as avaliações feitas em campo estão testes de metrologia e características gerais, de intercambialidade, de tiro, de precisão, de força na puxada do gatilho e de queda.

A Segurança Pública destacou que no teste de metrologia é feita a medição de dez unidades para verificar eventuais variações nas especificações das armas, tanto na dimensão quanto no peso. Isso porque as licitações não permitem oscilações nas medidas oficiais do fabricante.

Já na avaliação de intercambialidade, as dez pistolas utilizadas na metrologia são desmontadas e remontadas com a utilização de peças de forma aleatória. Após esse processo, todas as dez unidades devem realizar 20 disparos sem apresentar qualquer tipo de falha.

O teste de endurance avalia, por sua vez, a resistência de quatro das armas utilizadas nas provas anteriores. Elas são submetidas ao disparo de 10 mil tiros cada, sem limpeza, lubrificação ou resfriamento. Para aprovação, nenhuma peça pode quebrar.

A última estação de testes mede a precisão das armas. Participam de tal avaliação três equipamentos utilizados nos testes e um outro modelo novo. A Segurança indica que o objetivo é avaliar se as armas com bastante uso se comportam como as novas.

Cada arma, então, é colocada em um suporte e disparada dez vezes contra um alvo de 16 centímetros de diâmetro, posicionado a 25 metros de distância.