O soldado Anderson da Silva Duarte, de 32 anos, foi morto com um tiro na cabeça em uma tentativa de assalto em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, na noite desta quinta-feira, 26. Um dos suspeitos também foi baleado e morreu no hospital.
A ocorrência mais recente fez o número de policiais militares mortos fora de serviço aumentar para 11 neste ano, de acordo com apuração do jornal O Estado de S. Paulo. Cinco deles eram oficiais inativos (na reserva ou reformado) e outros seis estavam de folga – como é o caso do soldado assassinado em Itapecerica da Serra.
Por volta das 20h, três criminosos chegaram em duas motocicletas na frente de um bar, na Rua Emancipação, na região do Parque Paraíso, e anunciaram o assalto, segundo afirma a Polícia Militar. Os ladrões queriam roubar a moto da vítima, que reagiu ao assalto.
Na troca de tiros, Duarte, que pertencia ao 25º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (25º BPM/M), acabou atingido. Um dos criminosos também foi baleado. Alvejado na cabeça, o soldado chegou a ser socorrido para o Hospital Geral de Itapecerica da Serra, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Os comparsas deixaram o suspeito ferido no estacionamento do Hospital Serra Mayor, na zona sul de São Paulo – mas ele também não resistiu. Durante a fuga, os criminosos abandonaram um das motos e roubaram um Volkswagen SpaceFox. Mais tarde, o carro também foi abandonado e os criminosos conseguiram fugir.
Aumento
O número de mortes de policiais de folga aumentou cerca de 13% em 2014, em comparação com o ano anterior. Ao todo, 61 oficiais foram mortos enquanto não estavam trabalhando, ante 54 em 2013. As vítimas inativas somaram 16 casos no ano passado.
Já o índice de oficiais mortos em serviço diminuiu no ano passado, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Foram 14 em 2014, contra 20 em 2013: uma redução de 30%.
Pena mais dura
A Câmara dos Deputados aprovou na última quinta-feira, 26, o projeto de lei que torna crime hediondo e homicídio qualificado a morte de agentes de segurança pública ou parentes de policiais, bombeiros, militares ou agentes penitenciários.
Para esses a pena passará a ser de 12 a 30 anos de reclusão – o homicídio simples prevê de seis a 20 anos de prisão. O texto aprovado também estabelece que a lesão corporal cometida contra agentes de segurança em serviço, e seus parentes, será aumentada de 1/3 e 2/3.