PM acusado de integrar milícia no Rio recorre ao STF

O policial militar Davinilson Freitas dos Santos protocolou ontem pedido de habeas-corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) em que alega excesso de prazo e constrangimento ilegal pelo fato de estar preso há mais de 450 dias. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pelo crime de formação de quadrilha e é um dos acusados de integrar milícia supostamente comandada pelo deputado estadual Jorge Luiz Hauat, o Jorge Babu, com atuação na zona oeste da capital fluminense.

Babu é apontado como o chefe da quadrilha, que dava suporte político ao grupo. Além disso, segundo o MP do Rio, ele promovia festas com distribuição de brindes nos locais dominados, para ampliar seu eleitorado. O grupo estaria atuando desde o final de 2006 nos bairros de Campo Grande, Paciência e Pedra de Guaratiba.

De acordo com a denúncia, a milícia passou a cobrar contribuições semanais em dinheiro sob o pretexto de garantir proteção e segurança nas regiões dominadas. Eles usariam armas e faziam ameaças para conseguir entre R$ 10 e R$ 300 de moradores e comerciantes. Para o MP, a quadrilha ainda dominava a venda de botijões de gás e a distribuição clandestina de sinal de TV a cabo.

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