A Agência Nacional de Águas (ANA) e a Secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo vão elaborar um plano de trabalho conjunto para aperfeiçoar a gestão de “eventos críticos” e minimizar os efeitos de enchentes para a população de São Paulo. Segundo nota divulgada hoje pelos dois órgãos, o trabalho será reforçado com a criação de novos pontos de monitoramento e controle de cheias na bacia do rio Piracicaba, para aprimorar a operação do sistema de represas da Cantareira.
A nota, assinada pelo presidente da ANA, Vicente Andreu, e pela secretária de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, Dilma Pena, informa que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) “vem mantendo vazões descarregadas que não ultrapassam as capacidades das calhas dos rios” no trecho logo abaixo das barragens.
A agência e a Secretaria lembram que as chuvas dos meses de dezembro e janeiro na região foram as maiores registradas em 70 anos da série histórica para o período. Os dois órgãos informam que as vazões do reservatório Jaguari foram aumentadas progressivamente, a partir de 18 de dezembro, e atingiu hoje 110 metros cúbicos por segundo. Já as vazões das represas Cachoeira e Atibainha também foram aumentadas, a partir de 20 de dezembro, e chegaram a 18 m3/s, no dia 3 de janeiro, volume que deve permanecer nos próximos dias.
A nota garante que o volume liberado na vazão neste período foi, em média, sempre inferior à quantidade de água que chegou às represas, “contribuindo para atenuar as inundações nas regiões situadas abaixo das represas”. Acrescenta que, depois de longos períodos sem transbordamentos, há uma tendência de ocupação das áreas ribeirinhas. E que foi isso o que ocorreu na bacia do rio Piracicaba, cujas represas, segundo a nota, não transbordavam há mais de 10 anos, agravando os impactos das enchentes.