Piracicaba (AE) – O Ministério da Agricultura anunciou hoje (14) que vai desenvolver medidas para criar alternativas de aproveitamento integral da biomassa florestal, o que inclui o uso energético da cana-de-açúcar e outros resíduos florestais. Os resíduos correspondem atualmente a 2,86% da matriz elétrica nacional, distribuída em 1,69% de bagaço de cana e 1,17% de resíduos madeireiros e resíduos agrícolas e silvícolas diversos. As medidas estão no Plano Nacional de Agroenergia, lançado pelo ministro Roberto Rodrigues em evento na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba.

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De acordo com o documento, elaborado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), é difícil estimar o potencial energético dos resíduos em razão da precariedade das estatísticas e das variações regionais. Sabe-se, entretanto, que apenas nos principais cultivos (trigo, arroz, milho, cevada e cana-de-açúcar), é possível recuperar ao menos 25% dos resíduos em forma de energia.

Segundo o documento, os resíduos que se mostram mais apropriados para a utilização imediata são aqueles obtidos no cultivo da cana-de-açúcar, da indústria de papel e celulose e de serragem e gravetos da indústria madeireira. De acordo com Silvio Crestana, diretor-presidente da Embrapa, "os resíduos florestais, obtidos a partir de um manejo correto dos projetos de reflorestamento, podem incrementar a produtividade energética das florestas".

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