Plano estima em US$ 800 bi para atender demanda de energia até 2030

Rio de Janeiro – O Brasil terá que investir cerca de US$ 800 bilhões nos próximos 25 anos para expandir a oferta interna e atender ao crescimento da demanda por energia até 2030.

A estimativa consta do Plano Nacional de Energia (PNE-2030), divulgado nesta terça-feira (26) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e significa que a média anual necessária, de cerca de US$ 32 bilhões, corresponderá a aproximadamente 2,2% do Produto Interno Bruto, a soma das riquezas produzidas no país.

O levantamento, encomendado pelo Ministério de Minas e Energia, indica que os quatro principais recursos da matriz brasileira no longo prazo ? petróleo, gás natural, cana-de-açúcar e eletricidade ? responderão por mais de 90% da expansão da oferta interna de energia nos próximos 25 anos.

?Na década de 70, duas fontes respondiam pela maior parte da demanda da matriz energética brasileira: lenha e petróleo. Já em 2030 serão quatro, o que significa diversificação maior da matriz e, conseqüentemente, mais elevado grau de segurança", afirmou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim.

O estudo indica que em 2030 a população brasileira terá crescido em 55 milhões, um contingente comparável à população atual da região Nordeste, ou de países como a Espanha e a França. E que ainda assim o país conseguirá manter baixa a dependência externa de energia, competitivos os custos de produção e praticamente inalterados os níveis de emissão de gases, hoje entre os mais baixos dos mundo.

A demanda por energia per capita, no entanto, evoluirá de 1,2 para 2,3 toneladas equivalentes de petróleo ? consumo inferior ao atual de países como Bulgária, Grécia, Portugal ou África do Sul.

?O nível de energias renováveis na matriz é de cerca de 44%, alto se comparado ao dos países desenvolvidos, onde está em  6%. E no Brasil, será mantido até 2030. Mas no curto prazo, até 2010, crescerá a emissão dos gases causadores do efeito estufa (CO2), em razão da maior utilização das usinas térmicas, de energia menos limpa?, previu Tolmasquim.

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