O Planetário do Carmo, na zona leste de São Paulo, foi reaberto ontem após três anos parado e nove meses em reforma. Inaugurado em 2005, o local teve sucessivos problemas na estrutura, que causaram o fechamento nos últimos anos. Presente no evento, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), assegurou que, desta vez, “os problemas foram definitivamente sanados”.

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“Estamos devolvendo o planetário para a cidade em condições de funcionar por muitos anos, sem interrupções”, disse. Haddad deu a mesma garantia ao planetário do Parque do Ibirapuera, na zona sul, reinaugurado em janeiro. “Esperamos que os dois planetários funcionem por anos a fio sem nenhum tipo de problema.”

O planetário tem sala de projeção com capacidade para 230 lugares e as sessões serão gratuitas até o fim do ano. O local abrirá nos sábados e domingos, às 10h, 12h, 15h e 17h. As senhas serão distribuídas com uma hora de antecedência.

No domingo, 8, a sessão de inauguração foi dedicada ao público infantil. Um motivo muito específico entusiasmava Enzo Martins de Souza, de 8 anos, que pela primeira vez entrava em um planetário: “Eu vim por Saturno. É o meu planeta favorito”. Enzo estava com a mãe, a microempresária Fernanda Souza, de 35 anos, e com o irmão, Ícaro, de 10. No fim da sessão, Fernanda quis saber do filho mais velho: “Qual é melhor, cinema ou planetário?”. Ícaro respondeu: “Planetário”.

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“Vim no Dia das Mães com os garotos porque, além de estar esperando a reabertura há anos, achei que não teria graça vir conhecer sem eles. Quando eles nasceram, isso já estava desativado. Então, os meninos não faziam ideia do que era. Eu tinha uma vaga lembrança”, explicou a microempresária.

Segundo o prefeito, nos últimos 11 anos o planetário funcionou por um curto período com “muitos problemas delicados”, como infiltração e falhas no ar condicionado e nos equipamentos. “Agora, foram feitos todos os reparos com a melhor tecnologia”, disse.

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Entretido

Na sessão de reabertura estava também a funcionária pública Fabiana Pereira Lima, de 37 anos, que levou o filho, Cauê, de 6, e a mãe, Maria de Lourdes, de 72 anos. Ela conta que mesmo o garoto, sempre agitado, ficou entretido com a apresentação. “Gostei daquelas estrelas que apareceram”, disse Cauê.

Fabiana lamentou que o espaço tenha permanecido fechado por tantos anos. “Nós torcíamos para que fosse reaberto logo. A região é muito carente de diversão e entretenimento. O legal é que está bem voltado para as crianças”, afirmou a funcionária pública, que mora em Guaianases, na zona leste.

Morador da Penha, também na zona leste, o administrador hospitalar Pedro Braga, de 45 anos, foi ao planetário com a mulher e os dois filhos, de 12 e 7 anos. “Nós já frequentamos o parque e é importante conhecer uma atividade diferente, que envolva toda a família”, afirmou. Para Braga, os moradores da zona leste “sempre ouviam falar da existência de um planetário fechado” e agora podem conhecer o lugar.

Vaivém

Construído por meio de um acordo com uma empresa de telefonia e inaugurado em 2005, o prédio ficou 13 meses aberto antes de apresentar problemas estruturais. Depois das obras, o ponto de observação só voltou a ser reaberto em 2012 e funcionou até o fim de janeiro de 2013, com atividades para estudantes. Naquele mês, as atividades voltaram a ser paralisadas por causa de um vazamento de água na área externa, na tubulação que liga a caixa d’água à edificação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.