O governo apresenta hoje aos líderes da base governista a medida provisória (MP) que vai criar a nova TV pública do País, já batizada de Empresa Brasil de Comunicação. A proposta ainda terá de ser aprovada pelo Congresso, mas o plano da administração federal é colocar a TV – e também a rádio e a agência de notícias – no ar no dia 2 de dezembro. A MP deve ser editada amanhã ou quinta-feira.
Na última semana, a jornalista Tereza Cruvinel – ex-colunista de política do jornal "O Globo" – aceitou o convite do Poder Executivo e será a presidente do Conselho de Administração da nova televisão. A posse será, provavelmente, ainda nessa semana, logo depois de a MP ser editada. O atual secretário de Audiovisual do Ministério da Cultura, Orlando Senna, será o diretor-executivo e a jornalista Helena Chagas, hoje diretora-regional do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) em Brasília, assumirá a diretoria de jornalismo.
A TV será comandada por um conselho curador, com poder para definir as diretrizes e até mesmo demitir diretores. Por enquanto, o único nome definido é do presidente do conselho, o economista Luiz Gonzaga Beluzzo. Hoje, Belluzo tem um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem vai sugerir nomes para 15 vagas reservadas para a sociedade civil – quatro vagas serão destinadas aos ministros da Ciência e Tecnologia, Educação e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
A estrutura da TV pública será formada pela Radiobrás, que tem agência de notícias, rádio e a TV nacional, a Associação de Comunicação Educativa Roquete Pinto, também formada por rádios e pela rede de tevês educativas nos Estados que queiram aderir.
