O Pix por aproximação já começou a funcionar em algumas instituições financeiras. Nele, a modalidade de pagamento pode ser utilizada em smartphones e smartwatches (relógios inteligentes) sem a necessidade de abrir o aplicativo do banco e passar o QR Code ou informar a chave do destinatário. Basta aproximar o celular ou o relógio digital à maquininha de pagamento, ou, então, fazer a operação entre dois celulares habilitados.

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Além da criptografia tradicional do NFC (near field communication), o cliente terá de confirmar o pagamento com sua senha ou chave biométrica (digital ou reconhecimento facial).

Sob coordenação do Banco Central, o Pix por aproximação deve ser testado por todos os bancos a partir de 14 de novembro deste ano e deve ser disponibilizado a todos os clientes a partir de 28 de fevereiro de 2025, segundo previsão da autarquia.

Algumas instituições, porém, se anteciparam, e já começaram a oferecer o Pix por aproximação. Entre os bancos, o C6 é o único que já oferece a nova funcionalidade a todos os seus correntistas por meio da carteira digital do Google. Com relação a adquirentes, apenas a Rede, do Itaú, já habilitou todas as maquininhas.

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PicPay e Itaú Unibanco, por sua vez, começaram a disponibilizar o Pix por aproximação neste mês e estimam que até o fim de novembro todos os correntistas serão contemplados.

Como funciona o Pix por aproximação?

Para utilizá-lo, é necessário vincular a conta bancária a uma uma carteira digital habilitada pelo BC. A única liberada atualmente é a do Google, o Google Pay.

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Os concorrentes Apple e Samsung ainda não se credenciaram junto ao BC como “iniciadoras de pagamento” e, pela regra atual, não poderiam oferecer o Pix por aproximação em suas wallets (carteiras digitais). Dessa forma, usuários de Apple Pay e Samsung Pay ainda não têm acesso garantido ao Pix por aproximação. As fabricantes, no entanto, ainda negociam a entrada no sistema.

Sem o aval do BC para que usuários dos aparelhos Apple usem a nova ferramenta, a empresa pode ter que liberar o download de carteiras de outros desenvolvedores em seus dispositivos, como ocorreu na Europa.

Para que serve o Pix por aproximação?

O BC quer facilitar o sistema de pagamentos, hoje condicionado ao escaneamento de QR Codes e à inserção de chaves, o que requer alguns passos adicionais dentro do aplicativo dos bancos.

No novo sistema, o usuário irá cadastrar contas de sua preferência na carteira digital, que atuará como iniciadora de uma transação Pix, sem a necessidade de abrir o app do banco ou fazer uma transação manualmente. Será da mesma forma que os cartões cadastrados nos smartphones. Para a segurança dos usuários, uma senha, usualmente a do próprio aparelho, será requisitada a cada transação.

A expectativa é que o novo mecanismo seja mais ágil, reduzindo filas, e aumente os pagamentos via Pix.

“O lojista paga para receber via cartão. Se tivermos o Pix por aproximação, os usuários não vão usar o cartão apenas pela aproximação”, disse o presidente do BC, Roberto Campos Neto, ao anunciar a novidade.

Quando o Pix por aproximação estará disponível?

A previsão do Banco Central é que todas as instituições financeiras e todas as maquininhas de pagamento disponibilizem a nova funcionalidade a partir de 28 de fevereiro de 2025.

É possível, porém, que as empresas ofereçam o Pix por aproximação antes deste prazo. Veja quando cada uma delas pretende disponibilizar a ferramenta:

Veja o que informaram os bancos sobre os prazos

BANCO DO BRASIL

– Já iniciou testes nas contas de seus funcionários e irá disponibilizar a opção dentro do prazo previsto na regulação.

BRADESCO

– Começará a testar o Pix por aproximação em projeto-piloto em janeiro de 2025.

BV

– O BV prevê a disponibilização da funcionalidade aos seus correntistas no primeiro trimestre de 2025.

C6

– Já oferece a opção a todos os seus correntistas via Google Pay. Na maquininha, o C6 Bank está realizando testes para habilitar o Pix por aproximação na C6 Pay.

CIELO

– Está testando a funcionalidade em estabelecimentos selecionados junto ao Banco do Brasil. A Cielo diz que atenderá a regulamentação do Banco Central, que prevê implementação em fevereiro de 2025.

ITAÚ UNIBANCO

– Terá o Pix por aproximação a todos os seus clientes ao longo de novembro. Suas maquininhas da Rede já estão habilitadas.

NEON

– O banco Neon irá começar a operar com o Pix por aproximação a partir de fevereiro de 2025.

PICPAY

– Começou a liberar, na segunda (4), o Pix por aproximação para seus usuários, por meio da carteira do Google. A liberação aos clientes será feita em fases.

– A maquininha própria do PicPay já está sendo habilitada a transacionar com o novo método – uma parte dos aparelhos começou a aceitar, e todas estarão aptas até o fim de novembro.

SANTANDER

– Vai começar a liberar a modalidade, em fase de testes, a poucos clientes a partir de 14 de novembro.

Demais instituições

Banco Inter e Nubank afirmaram que irão cumprir o prazo determinado pelo BC. A XP também diz que a expectativa é implementar a modalidade no primeiro trimestre, dentro do prazo regulatório.

Já a Caixa afirma que se prepara para disponibilizar a funcionalidade a seus clientes em 2025, acompanhando o cronograma do BC.

O Mercado Pago diz que irá acompanhar o lançamento da funcionalidade em 2025, seguindo as diretrizes regulatórias. “Comunicaremos ao mercado oportunamente quando estivermos prontos para disponibilizar a funcionalidade para os nossos clientes”, afirmou a instituição por meio de sua assessoria.

A Getnet afirmou não ter previsão de início da modalidade. BTG Pactual, Pagbank, Safrapay e Stone não se manifestaram até a publicação desta reportagem.