O jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves preferiu ficar em silêncio durante seu julgamento. Durante os 10 minutos em que ficou sentando no banco dos réus, Pimenta respondeu a poucas perguntas do juiz. Disse que mora sozinho, não trabalha e é aposentado pelo INSS, mas não revelou sua renda Falou também que é pós-graduado e nunca foi condenado criminalmente.
Em seguida, o juiz Diego Ferreira Mendes informou ao jornalista do que ele está sendo acusado e disse que faria perguntas sobre o crime, mas que Pimenta poderia optar por ficar em silêncio. Diante da negativa do réu, começou a leitura de parte do processo.
A pedido da defesa e da acusação, estão sendo lidas três peças protegidas pelo segredo de Justiça. Nesse momento, todo o público e a imprensa tiveram de deixar o plenário do júri.
Um dos advogados do jornalista, Carlos Frederico Muller, apontou um fato que poderia gerar a nulidade do julgamento. O juiz anunciou que ouviria as testemunhas antes de ter lido o relatório da acusação e outras partes do processo, o que contraria o procedimento adotado em Tribunais de Júri. Alertado pela defesa, Mendes voltou atrás.
Por volta de 12h30, os policiais militares receberam ordem do juiz para retirar uma câmera da TV Globo de cima de um prédio vizinho, porque a emissora estava captando imagens de Pimenta. O jornalista pediu e Mendes concordou que os jornalistas fossem proibidos de fazer imagens do réu durante o julgamento. O júri está sendo acompanhado por uma das filhas gêmeas do jornalista, a irmã e sobrinhas.