PFL nacional estuda “refundação”

Recife (AE) – O PFL estuda um projeto de novo modelo econômico para o País – a ser discutido com a sociedade depois da eleição municipal – e em seguida realiza um congresso visando à “refundação” do partido. Esta “refundação”, anunciada ontem pelo presidente nacional do partido, senador Jorge Bornhausen, no Recife, implica mudança de programa, de estrutura e inclui uma “purificação” interna com a saída de quem não se dispuser a assumir um papel de oposição ao governo federal ou não se afinar com a nova bandeira de modelo econômico a ser proposto.

“Nosso partido chegou a 20 anos e muito do que está no programa já não é objeto de prioridade atual”, explicou Bornhausen, acompanhado da cúpula do partido, durante visita de apoio ao candidato a prefeito do Recife, deputado federal Carlos Eduardo Cadoca (PMDB). Com a mudança e atualização do programa, Bornhausen disse que o partido poderá abrir as portas para “os homens e mulheres de bem que querem fazer política e estão mal acomodados ou fora das agremiações partidárias”. A purificação da legenda, segundo ele, já começou com a saída de quem aceitou convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para participar do governo. “Quem adere não merece consideração.”

Mudança de nome do partido, segundo Bornhausen, não está em pauta, mas o partido se prepara para voltar a ter identidade e um projeto de governo, tornando-se opção para disputar a Presidência da República. O candidato só será escolhido depois da consolidação do novo modelo econômico, que deverá ter seus pilares na redução de impostos e corte de despesas governamentais. O ex-vice-presidente da República, senador Marco Maciel (PE), coordena os estudos desse novo modelo e tem a ajuda de lideranças como o deputado Inocêncio de Oliveira.

“O governo do presidente Lula mostrou logo no primeiro dia ser perdulário”, afirmou Bornhausen, ao dizer que o povo está maduro para não acreditar mais em ilusão (a exemplo da promessa de criação de 10 milhões de emprego), esperando propostas factíveis que possam ser cumpridas. Ele reiterou que o crescimento de 3% da economia é “medíocre” e que o presidente Lula se limitou a continuar a política econômica, “com mau gerenciamento”.

“O que ocorre no Brasil hoje é que não temos técnico, não temos time e não temos reservas”, criticou, utilizando, segundo ele, o hábito do presidente da República de usar “dos seus pendores futebolísticos para enviar suas mensagens”.

Além de Bornhausen e Maciel, compunham a cúpula pefelista os senadores José Agripino Maia (RN), Romeu Tuma (SP), José Jorge (PE), e os deputados federais José Carlos Aleluia (BA) e André de Paula (PE).

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