Brasília (AE) – O PT será alvo de uma nova representação do PFL e do PSDB na Justiça Eleitoral por ter utilizado recursos públicos no pagamento de passagens aéreas para familiares do presidente Lula e do ministro da Fazenda, Antônio Palocci. O partido teria usado recursos do Fundo Partidário para pagar viagens de filhos, noras, um genro e uma neta de Lula, além de passagens e hospedagem para a mulher e a filha de Palocci. Os líderes José Agripino (PFL-RN) e Arthur Virgílio (PSDB-AM) lembram que o dinheiro do fundo destina-se, exclusivamente, à manutenção dos partidos. Os termos da ação, informaram os senadores, serão definidos esta semana pelos integrantes das executivas dos partidos.
Uma das idéias, conforme adiantaram, é anexar a queixa à representação que encaminharam ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) há cerca de 40 dias, por conta do suposto empréstimo de R$ 29 mil contraído por Lula junto ao PT. Na ocasião, Virgílio disse que foi requerida a suspensão do fundo para o PT pelo período de um ano. ?Diante de nova denúncias, é justo aumentar a penalidade?, alegou.
Para Agripino, o descaso reiterado do PT para com as leis em vigor abre espaço para que a Justiça Eleitoral examine um pedido de cassação do registro do partido. ?Fica clara a malversação de recursos públicos com despesas privadas, familiares, alheias aos interesses dos contribuintes?, alegou.
