A Polícia Federal (PF) usou um veículo aéreo não-tripulado (vant), uma espécie de avião com câmera e sem piloto, para monitorar os passos do traficante Marcelo Santos das Dores, de 32 anos, conhecido como Menor P, preso nesta quarta-feira, 26. Chefe do tráfico do Terceiro Comando Puro (TCP), ele afirmou, na delegacia, ser “o dono” de 11 das 16 favelas do Complexo da Maré, zona norte do Rio. O vant também será usado na ocupação do conjunto de favelas por tropas federais, em 7 de abril.

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Apesar de ter cerca de 4 metros de comprimento, o vant é quase impossível de ser detectado durante o sobrevoo. Com uma câmera infravermelha de alta precisão, o veículo também pode ser usado à noite como mecanismo de vigilância e para fazer o monitoramento e o levantamento das áreas por onde Menor P circulava. Enquanto esteve no Rio, em 2013, o veículo foi usado unicamente para acompanhar os passos do traficante.

“O vant é um equipamento com capacidade de vigilância muito elevada que foi usado de forma sigilosa para monitorar onde ele estava”, afirmou o superintendente Regional da PF no Rio, delegado Roberto Cordeiro. O trabalho dos órgãos de inteligência da PF duraram um ano, período no qual foram feitas diversas tentativas de prisão do traficante.

Com a aproximação da ocupação do conjunto de favelas, o vant voltará para a cidade, em aviões de carga da Força Aérea Brasileira (FAB), para auxiliar no trabalho das tropas federais. “A Secretaria de Segurança pediu o uso do vant na ocupação e estamos adotando as medidas necessárias para trazê-lo a tempo”.

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Com o auxílio do vant, a PF acompanhou Menor P tanto dentro da Maré quanto no deslocamento em importantes vias expressas da cidade como Avenida Brasil, Linhas Vermelha e Amarela. “Depois que fomos avisados sobre a ocupação da Maré, intensificamos o trabalho de inteligência e de campo para prendê-lo e consideramos que essa foi a melhor forma”, disse o delegado-chefe da Delegacia de Repressão de Entorpecentes (DRE), Fábio Andrade, responsável pela operação.

Na delegacia, o traficante afirmou que era o dono do tráfico no Complexo. Na noite dessa quarta-feira, 26, ele foi preso em uma cobertura duplex, em um prédio de luxo, no bairro Pechincha, na região de Jacarepaguá, zona oeste do Rio. O traficante estava sozinho, desarmado e não reagiu. No apartamento havia cerca de R$ 4 mil em espécie.

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