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Policiais levam Jair Pedrosa
Júnior para a prisão.

Anápolis – Com o objetivo de desarticular uma quadrilha que atuava na cidade de Anápolis especializada no tráfico internacional de mulheres com o fim de exploração sexual, a Polícia Federal desencadeou na manhã de ontem a Operação Castanhola. O principal destino das mulheres eram Portugal e Espanha.

A operação policial faz parte de um trabalho desenvolvido pela Polícia Federal, em parceria com a Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e com a cooperação das ?adidâncias policiais? de países estrangeiros, que visa, através de trabalhos preventivos e repressivos, combater o tráfico internacional de seres humanos, especialmente o tráfico de mulheres com o fim de exploração sexual.

Participaram da operação 60 policiais federais do estado de Goiás e do Distrito Federal, e teve como resultado inicial as prisões de sete pessoas. Entre elas estão Neiva Inês Jacoby, conhecida por ?Gaúcha?, principal aliciadora, e Jair Pedrosa Júnior, proprietário da empresa Transamérica Viagens e Turismo, envolvida no aliciamento e envio das mulheres, mediante recompensa dos receptadores na Europa.

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Foi realizada busca domiciliar na residência de ?Gaúcha?, bem como na empresa de turismo, resultando na apreensão de passaportes, computadores, agendas, celulares e farta documentação, tudo relacionado à atuação da organização criminosa internacional.

A Polícia Federal informou que, simultaneamente, as polícias portuguesa e espanhola realizaram ações nos prostíbulos europeus, chamados de ?clubes?, detectando-se a presença de várias mulheres brasileiras servindo à prostituição, as quais serão deportadas para o Brasil. Os receptadores estrangeiros são passíveis de prisão. Já os detidos no Brasil foram indiciados por crimes de formação de quadrilha e tráfico internacional de pessoas, podendo ser condenados a penas de até 11 anos de reclusão.

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A secretária nacional de Justiça, Claudia Chagas, que acompanhou pessoalmente a execução da Operação Castanhola, enfatizou que além do trabalho repressivo feito pela Polícia Federal, o governo federal vem desenvolvendo ações preventivas, objetivando o esclarecimento da população, o desenvolvimento de ações de apoio e reintegração de vítimas e a capacitação de policiais, promotores de justiça, juízes, advogados e representantes da sociedade civil que atuam na área.

Em Goiânia, com o apoio do Ministério Público Estadual e do governo de Goiás, está em fase de instalação um escritório de assistência às vítimas no estado.