A Polícia Federal capturou no último sábado, 4, no Panamá, o principal suspeito pelo desaparecimento de 12 brasileiros, cinco dominicanos e dois cubanos em novembro de 2016, durante uma travessia ilegal de barco das Bahamas para os Estados Unidos.

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As informações foram divulgadas pela PF nesta segunda-feira, 6. A ação é resultado da 3ª fase da Operação Piratas do Caribe e foi realizada em conjunto com a Interpol, U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) e Polícias do Panamá e República Dominicana. O homem, de 40 anos, foi encaminhado para Brasília/DF no domingo (5/8), onde ficará sob custódia.

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Estima-se que a organização criminosa da qual o preso faz parte tenha movimentado, nos últimos anos, mais de R$ 25 milhões e enviado uma média de 150 adultos e 30 crianças e/ou adolescentes por ano para tentar o ingresso ilegal nos EUA. No curso da investigação, foi constatado que diversos brasileiros acabaram morrendo ou desaparecendo enquanto tentavam a travessia.

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Entenda a Operação Piratas do Caribe

As investigações começaram a partir da notícia do desaparecimento de um brasileiro que teria tentado entrar ilegalmente nos Estados Unidos, em dezembro de 2016, com auxílio de coiotes.

A apuração indicou que, antes de sair do Brasil, os imigrantes ficavam em cidades com aeroportos internacionais de fácil acesso, aguardando a ordem de embarque para as Bahamas onde aguardavam por vários dias para tentar fazer a travessia de barco e, assim, ingressarem clandestinamente nos Estados Unidos.

Além de todos os riscos que envolviam a imigração ilegal, os coiotes escondiam os reais perigos envolvidos na travessia, como a passagem pela região do Triângulo da Bermudas, famosa pelo alto índice de tempestades, naufrágios e desaparecimento de embarcações e aeronaves.

A operação é uma das primeiras a serem realizadas no ambiente de Inquérito Policial eletrônico (Sistema ePol).