A Polícia Federal confirmou que mais duas pessoas procuradas na Operação Guilhotina – que desarticulou quadrilhas comandadas por policiais civis e militares do Rio – entregaram-se na manhã de hoje: o subtenente da PM Marcos Antonio de Carvalho, conhecido como Marco Paraíba, e o inspetor de Polícia Civil Christiano Gaspar Fernandes.
No total, o Ministério Público do Estado do Rio requereu a prisão preventiva de 45 pessoas. Até o momento, 37 mandados foram cumpridos. Ainda há oito pessoas foragidas. Entre os presos, estão 20 policiais militares e nove civis.
O delegado Carlos Alberto Oliveira, ex-subchefe operacional de Polícia Civil e que vinha desempenhando o cargo de subsecretário de Operações da Secretaria Especial de Ordem Pública do Município do Rio, é um dos que estão presos. Ele foi transferido no fim da noite de ontem para o presídio Bangu 8.
Entre as acusações estão as de venda de armas apreendidas para o tráfico, formação de milícias em comunidades carentes e pilhagens em favelas ocupadas para a implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
Em entrevista ao telejornal local da TV Globo, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, reafirmou que a convocação do seu atual chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, para prestar esclarecimentos ao inquérito da Polícia Federal ainda não permite qualquer conclusão em relação a qualquer relação do delegado com os crimes que estão sendo apurados. No entanto, ele afirmou que não protegerá o auxiliar em meio à investigação. “Nem o doutor Allan, nem ninguém que trabalha comigo tem carta branca”, afirmou.