PF prende em Praia Grande-SP grupo que traficava droga

A Polícia Federal (PF) prendeu hoje, em Praia Grande (SP), cinco pessoas de uma quadrilha de tráfico internacional de entorpecente que atuava há cerca de dez anos na Baixada Santista. Deflagrada hoje, a operação da PF recebeu o nome de “Camisa 10”, em alusão à similaridade das palavras crack e craque e da possibilidade de os jovens não se tornarem viciados e sim praticantes de esportes.

A investigação apurou que a cocaína chegava pura da Bolívia, em grande parte por via terrestre, e era batizada, inclusive com gasolina, na Baixada Santista, de onde era distribuída para as cidades do litoral e ocasionalmente para outros locais do Estado. “A quadrilha movimentava mais de uma tonelada de cocaína por ano”, afirmou o delegado da PF de Santos, Luis Carlos de Oliveira.

De acordo com ele, as investigações começaram há um ano, mas se intensificaram há quatro meses, quando o líder da quadrilha foi preso em uma penitenciária de São Paulo. Integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), o traficante teve acesso a um laptop e um celular e continuou a articular o tráfico mesmo de dentro do presídio. A partir disso, a polícia conseguiu autorização judicial e passou a monitorar as ações do traficante.

Setenta policiais federais participaram da ação de hoje, quando foram cumpridos cinco mandados de prisão e dez de busca e apreensão e foram apreendidos 40 quilos de cocaína. O mandado de prisão preventiva contra o traficante boliviano que fornecia a droga continua pendente. Segundo a PF, o traficante está na Bolívia e não pode ser extraditado, mas será preso caso venha ao Brasil. Além dos cinco detidos em Praia Grande, outras três pessoas já haviam sido presas em flagrante na Grande São Paulo durante as investigações.

“A operação Camisa 10 continua, ela vai ter um desdobramento ainda na Baixada Santista até porque tem alvos ainda por identificar e eventualmente prisões acontecerão mais para frente”, disse Oliveira, completando que a PF já identificou que uma advogada integrava o grupo, trabalhando em parceria com a organização criminosa.

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