Vinte e cinco integrantes de uma quadrilha especializada em assaltos a carteiros e motoboys e utilização fraudulenta de cartões de crédito roubados foram presos nesta terça-feira (16) durante a Operação Gemini, da Polícia Federal. Após oito meses de investigação, os criminosos foram presos em Porto Alegre, Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Cerro Largo, Gravataí, São Leopoldo e Viamão, no Rio Grande do Sul.
Os agentes já recolheram terminais eletrônicos para cartões de crédito, além de documentos falsos, carimbos falsificados de cartório, talões de cheques, cartões de crédito, documentos de identidade e uma arma com numeração raspada e aproximadamente R$ 2.950,00 em notas falsas de R$ 10,00. A operação é um desmembramento da Operação Cardume, desencadeada em maio pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz) da Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul. Naquele momento foi desarticulada uma quadrilha especializada em crimes pela internet que obtinha senhas bancárias de terceiros através de softwares de captura de senhas.
Durante as investigações, verificou-se que um grupo ligado à quadrilha presa praticava crimes de roubo e utilização de cartões de crédito, incluindo alguns da Caixa Econômica Federal, o que atrai a competência da investigação para a Polícia Federal. Segundo a PF, o bando assaltava carteiros e motoboys que faziam entregas de cartões de crédito e talões de cheques, que eram usados para pesquisas em sistemas de informações como o Consultas Integradas, Infoseg, SPC e Serasa.
Assim, obtinham dados pessoais dos verdadeiros titulares de cartões de crédito, que eram utilizados para o desbloqueio, via atendimento eletrônico (“Call Center” ou internet). Com os cartões desbloqueados, efetuavam compras, principalmente de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, os quais eram vendidos a receptadores a “meia nota”, ou seja, pela metade do valor da nota fiscal. Alguns criminosos também falsificavam documentos para se fazerem passar pelos reais titulares dos cartões. Outros contavam com comerciantes que, embora mantivessem estabelecimentos regulares, cediam as máquinas para que os criminosos utilizassem cartões roubados, deixando-lhes metade do valor das transações em compras simuladas.