PF prende 22 e apura elo de policiais com caça-níqueis

Pelo menos 22 pessoas foram presas pela Polícia Federal na região de Jaú, no interior de São Paulo, acusadas de participar de um esquema de contrabando de peças de caça-níqueis que supostamente envolvia ainda corrupção de policiais civis, segundo o Ministério Público.

Parte dos acusados responde por formarem uma quadrilha para a exploração ilegal de caça-níqueis montados com componentes contrabandeados. Segundo o MP, foram investigados três delegados, seis investigadores, um agente policial e um policial militar, que respondem por formação de quadrilha, corrupção passiva, facilitação de contrabando e prevaricação.

A operação do Ministério Público do Estado de São Paulo, da Procuradoria da República em Jaú, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal de Bauru cumpre buscas e apreensões nas casas dos acusados e em escritórios de advocacia. Serão cumpridos 33 mandados de prisão, segundo a assessoria. A Justiça determinou também a exoneração do delegado seccional de Jaú.

De acordo com o MPF, durante investigações foi descoberta a existência de quatro grupos criminosos desse ramo, contando com respaldo de policiais civis e um policial militar, desde 2006. O grupo de Jaú, que entregava e explorava as máquinas, era associado a outro, composto também por advogados, com base em Rio Claro, que importava as máquinas com as peças contrabandeadas.