Polícia Federal e Polícia Civil, em ação conjunta, abriram na tarde de quinta-feira, 17, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, a Operação Festas do Mar. O objetivo foi identificar irregularidades no embarque de bagagens em voo para a África, especialmente a inserção de volumes extras sem o devido registro.

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A ação tem a participação da Polícia Militar, da Anac, da Receita Federal, da Guarda Civil Metropolitana de Guarulhos e da GRU Airport.

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A investigação teve início há dois meses após uma denúncia sobre diferença de peso em bagagens oficiais e inserção fraudulenta de bagagens adicionais utilizando o nome de passageiros, sem o conhecimento ou consentimento dos mesmos. A PF identificou que “passageiros recebem diversos volumes, descarregados de vans, aparentemente, sem o menor critério de distribuição”.

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“Ocorrências envolvendo esta atividade já haviam sido notadas, levantando suspeitas ao se observar agressões violentas, aparentemente levadas a cabo, para coagir pessoas que supostamente discordariam em levar determinada quantidade de bagagem em seu nome. No decorrer da operação, as bagagens suspeitas foram separadas para fiscalização e conferência dos respectivos pesos. Foram identificadas irregularidades entre os dados registrados nas etiquetas e o volume real aferido em algumas bagagens, cujo excesso não chegaria a colocar em risco a segurança do voo”, afirmou a PF em nota.

Com o auxílio de um cão farejador, foram encontradas três malas contendo doze volumes com cocaína, cujo peso total somou 45 quilos. De acordo com a PF, uma passageira angolana, de 24 anos, disse que as malas lhe foram dadas por uma pessoa que conhecera na região do Brás, no centro de São Paulo, para ser entregue a um parente que a procuraria no destino final. A mulher foi presa em flagrante por tráfico internacional de drogas.

“A companhia aérea será notificada e as investigações terão por objetivo identificar os responsáveis pelas irregularidades apuradas”, informou a Federal.

Participaram da operação 45 pessoas, dentre elas 30 policiais divididos em 7 equipes. O nome da operação foi inspirado em uma tradicional festa angolana realizada na cidade de Namibe, caracterizada por manifestações populares similares ao carnaval brasileiro na qual, simultaneamente, tem lugar uma espécie de feira na qual são vendidos produtos das mais variadas origens.