PF e Receita desbaratam quadrilha de fraudadores

Porto Alegre (ABr e agências) – Numa operação conjunta com a Receita Federal e o Ministério Público, a Polícia Federal prendeu ontem, no Rio Grande do Sul, seis dos nove integrantes de uma organização acusada de fraudar declarações de imposto de renda e remeter os recursos para o exterior. Entre os presos pela ?Operação Lion Tech? estão o casal Pablo e Roberta Gegper, Cristiano Roth, Jone Batista Fritsch, Ovídeo Fagundes da Silva e Adão Gegper. O grupo é acusado de desviar R$ 2 milhões da Receita. A PF ainda está em busca de mais três acusados, que tiveram prisão decretada pela Justiça Federal de Novo Hamburgo.

A Operação, que foi desencadeada simultaneamente nas cidades de Barra do Quaraí, Capela de Santana, São Leopoldo, Pelotas e São Sebastião do Caí, contou com a participação de 60 policiais federais e 10 auditores da Receita Federal.

A Coordenação de Inteligência da Receita Federal começou as investigações há quatro meses. Os fiscais descobriram que integrantes da organização falsificaram declarações próprias e em nome de terceiros para receber indevidamente restituições de impostos. Um dos golpes era simular retenção de imposto de renda na fonte a partir de pagamentos de salários de empresa inexistente.

O esquema consistia na elaboração e transmissão de declarações de imposto de renda de conteúdo falso, via internet, geralmente utilizando estabelecimentos como ?cibercafés? e ?lan houses? em diversas localidades do Estado.

Os principais articuladores da fraude, residentes na região do Vale dos Sinos e em São Sebastião do Caí, declaravam supostas retenções de imposto de renda na fonte e os valores eram restituídos em favor do CPF do declarante. Para tanto, eram informadas como responsáveis pela retenção do tributo empresas de propriedade de pessoas da quadrilha ou ligadas a ela, bem como empresas inativas ou inaptas.

A PF também apreendeu farta documentação que, segundo um dos investigadores do caso, reforçam as provas contra a organização. Entre esses documentos estão procurações em branco, extratos de contas bancárias no Uruguai e escrituras de imóveis supostamente adquiridos com o dinheiro da fraude.

?Estamos atentos. Quem está fraudando a Receita fatalmente vai ser descoberto. A Receita está descobrindo fraudes e também chegando aos fraudadores cada vez mais rápido?, afirmou o coordenador de Inteligência da Receita, Gerson Schaan.

A Polícia Federal informou que operações conjuntas desse tipo deverão se tornar mais comuns daqui para frente. As informações prestadas pelos contribuintes nas declarações de Imposto de Renda, especialmente aquelas que envolvam valores altos de restituições, terão atenção especial do fisco federal.

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