A Polícia Federal (PF) desmentiu hoje informação do delegado Protógenes Queiroz sobre a parceria entre a corporação e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em operações. Na véspera, ao depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Grampos, na Câmara, o ex-chefe da Operação Satiagraha disse ser comum a participação de arapongas em ações da PF.
“A questão da participação da Abin, há uma lei que regulamenta, e o entendimento já é recepcionado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Está dentro da legalidade a participação da Abin em ações da PF. E não foi apenas na Satiagraha, foram mais de 160 operações”, afirmou ontem Protógenes.
A versão do ex-chefe da Satiagraha – operação que resultou na prisão do banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunity – foi rebatida pela PF. Por meio de sua assessoria de imprensa, a corporação afirmou que quando os dois órgãos atuam em conjunto não significa “participação de servidores fazendo monitoramento e interceptação telefônica”. “O que existe é apenas troca de informações e, da forma como ocorreu na Satiagraha, não existiu em nenhuma outra operação”, informou. “Da forma como ocorreu na Satiagraha não se repetiu.”