Uma operação da Polícia Federal (PF) desarticulou uma esquema de fraudes em aposentadorias que funcionava há um ano no posto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Queimados, na Baixada Fluminense.
Onze pessoas foram presas, entre elas seis servidores lotados na unidade, indiciados por corrupção ativa e por inserir dados falsos no sistema. Eles antecipavam aposentadorias, aumentavam os vencimentos e conseguiam que o beneficiado recebesse o primeiro pagamento rapidamente. “As fraudes eram grosseiras e foram detectadas pelo sistema. Em um dos casos, para aumentar o valor da aposentadoria, eles colocaram um servidor como motorista aos 13 anos”, descreveu o superintendente regional do INSS, Manuel Ricardo Palmeira Lessa. Nas casas dos servidores, os agentes apreenderam R$ 37 mil.
As fraudes causaram um prejuízo de R$ 200 mil aos cofres públicos. Além dos servidores, despachantes e até um vigilante integravam a quadrilha. Nas residências deles, os agentes apreenderam dezenas de carteiras de trabalho. Um gerente da Caixa Econômica Federal (CEF) está sob investigação suspeito de quebra do sigilo bancário. “Os beneficiados pela fraude estão sendo investigados e podem ser indiciados por estelionato”, informou o delegado da PF, Luciano Emílio Moreira, que coordenou a operação batizada de “Lyria”. Apenas neste ano, 19 servidores do INSS foram presos por estarem envolvidos em fraudes. No ano passado, 37 funcionários públicos do Instituto acabaram detidos pelo mesmo crime. Em 2009, foram 32. Em 2008, foram detidos 77 funcionários.
