Maceió

– O superintendente da Polícia Federal em Alagoas, José Paulo Rubim, confirmou ontem que os carcereiros da PF interceptaram uma carta que o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, passou para a advogada carioca Patrícia Queiroz. Rubim não revelou o conteúdo da correspondência, que segundo uma fonte da PF continha mensagens em código do tipo “desenterrem o isopor” e “vendam uma casa”.

“O que eu posso dizer é que a correspondência foi interceptada porque estava fora dos procedimentos”, revelou o superintendente, acrescentando que toda carta escrita ou dirigida ao traficante passa por uma triagem. “Para que essa carta seguisse o seu curso normal, ele teria de entregá-la a um dos policiais, para que a correspondência passasse pela triagem e depois fosse entregue à advogada”, explicou Rubim.

Segundo o policial, o traficante não está tendo acesso a jornais ou revistas com informações atualizadas, como chegou a ser divulgado pela imprensa local. Rubin disse que o traficante pediu e recebeu algumas revistas para ler, mas o chefe da carceragem teve o cuidado de vetar que ele tivesse acesso a publicações com informações sobre as ações dos bandidos e as medidas de combate ao crime organizado no Rio de Janeiro.

O superintendente disse que não sabe quando Beira-Mar será transferido e aposta que o traficante não irá deixar Maceió neste fim-de-semana. Segundo ele, o prazo de 30 a 40 dias, acertado entre o Ministério da Justiça e o governador Ronaldo Lessa, para a permanência do traficante em Maceió deverá ser respeitado, “mas a Polícia Federal de Alagoas está preparada para mantê-lo preso aqui o tempo que for necessário”.

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