A Polícia Federal enviou nesta sexta-feira (15) ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, relatório com indícios de envolvimento de três parlamentares com a máfia das fraudes em obras públicas, desmantelada pela Operação Navalha. Entre eles está o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL), irmão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), denunciado ao Conselho de Ética sob a acusação de ter despesas pessoais pagas por construtoras.
Os outros dois são os deputados federais Maurício Quintela (PR-AL) e Paulo Magalhães (DEM-BA), sobrinho do senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA).
Por meio de nota, Magalhães negou envolvimento com as irregularidades. Quintela disse que conhece o empresário Zuleido Veras, dono da construtora Gautama, pivô do esquema, mas disse que jamais recebeu benefícios dele. Procurado em seu gabinete, Olavo não foi localizado para comentar a medida adotada pela PF.
As evidências foram levantadas na análise dos documentos apreendidos em maio na sede da construtora Gautama e de outros envolvidos no esquema, durante a operação. Os dados relativos a Magalhães só seguirão na segunda-feira porque nesta sexta-feira foram identificados novos elementos contra ele que ainda dependem de checagem antes de serem anexados aos autos. Caso considere consistentes os indícios de crime apurados pela PF, o procurador-geral pedirá abertura de processo contra os três no Supremo Tribunal Federal (STF).