A fábrica brasileira da Peugeot Citroën S/A fechará suas portas durante 45 dias a partir da segunda quinzena de novembro, devido à crise geral do mercado automotivo.
A informação foi divulgada pela porta-voz da fábrica, Madeleine Bouyer. Em 2002, a PSA Peugeot Citroën perdeu cerca de US$ 235 milhões no País, disse Bouyer, informando que “atualmente os sindicatos e a direção negociam para que duas ou três semanas desses 45 dias sejam consideradas férias coletivas, melhor remuneradas que o desemprego”.
Desde o ano passado, o mercado automotivo brasileiro está em crise e alguns fabricantes, como a Volkswagen, já decretaram este ano férias coletivas para os trabalhadores.
De janeiro a setembro, as vendas da PSA Peugeot Citroën caíram 23,2% em relação ao mesmo período de 2002 (as da Peugeot baixaram 20,9% e as da Citroën, 27,89%), segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos (Anfeava).
No total, o grupo vendeu 38.389 automóveis durante os nove meses. As vendas registraram uma alta de 11,9% de agosto a setembro, mas caíram 22,4% em setembro de 2003, em relação ao mesmo mês de 2002.
Volks
A Volkswagen reconheceu ontem que o corte de funcionários em sua filial brasileira prejudicará os resultados de todo o grupo no terceiro trimestre deste ano.
O diretor financeiro da Volkswagen, Hans-Dieter Poetsch, afirma que os custos provenientes da redução de pessoal “piorarão definitivamente os lucros” do trimestre julho-setembro.