O Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES) paralisou, durante cerca de três horas, o embarque de trabalhadores da categoria em helicópteros para plataformas offshore em alto-mar. O protesto ocorreu na madrugada desta sexta-feira, 13. Foi um protesto por mais segurança no trabalho, promovido em todo o País pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) no aeroporto de Vitória.

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O ato foi decidido depois do acidente que matou cinco pessoas e deixou quatro desaparecidos no navio-plataforma Cidade de São Mateus, no litoral do Espírito Santo, na última quarta-feira, 11. No aeroporto capixaba, o ato já foi encerrado, e os embarques foram normalizados.

Embora o navio-plataforma seja afretado desde 2009 pela Petrobras, a estatal e o governo tentam vincular o acidente na unidade apenas à BW Offshore. A norueguesa é a dona e operadora da plataforma que sofreu uma explosão na quarta-feira.

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Trabalhadores da Transpetro, subsidiária de transporte da Petrobras, decidiram denunciar a empresa aos órgãos fiscalizadores alegando insegurança nas operações do Terminal de Campos Elíseos (Tecam). Em seu site, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) relata que devido ao corte do pagamento de Adicional de Sobreaviso Parcial para reduzir custos, não haverá trabalhadores de manutenção e inspeção de equipamentos e também técnicos de segurança do trabalho para responder ocorrências ou emergências fora do horário administrativo, apesar de os dutos operarem 24 horas por dia transportando gás e óleo.

O adicional de sobreaviso é pago para garantir que empregados permaneçam em regime de plantão, aguardando qualquer chamada de emergência, mesmo nos períodos de descanso.

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“Diante desta situação de risco, os trabalhadores decidiram denunciar esta situação aos órgãos fiscalizadores e à população, pois, caso venha ocorrer uma acidente e não haja resposta, a responsabilidade será da Transportadora Associada de Gás (TAG), da Transpetro e da Petrobras, que está apostando que é mais barato correr o risco do que ter uma equipe à disposição para qualquer ocorrência ou emergência”, dizia a nota.

De acordo com a nota, o sindicato dos empregados do município de Duque de Caxias (RJ), o Sindipetro-Caxias, deverá alertar a população e as autoridades de que não haverá trabalhadores disponíveis para atender ocorrências fora do horário administrativo e, assim, um eventual corte de gás poderá paralisar usinas termoelétricas, siderúrgicas e postos de combustíveis. “O mesmo vale para um eventual vazamento de gás ou óleo”, diz o texto.

A Transpetro, por meio de sua assessoria de imprensa, afirma que “a companhia trabalha com o sobreaviso parcial segundo suas necessidades operacionais” e acrescenta que alterações ocorrem após análises técnicas, sem “colocar em risco a segurança das operações”. A empresa ainda argumenta que monitora remotamente, sem interrupção, todas as atividades de transporte por dutos.