Petrobras vai usar gás contra apagão

A nova diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Silva Foster, assume o cargo com foco no abastecimento do mercado energético. A opinião é de especialistas consultados pela reportagem, para quem Graça deverá preparar a empresa para atuar como uma espécie de "seguro-apagão" nos anos que antecederão o início das operações das usinas do Rio Madeira e de Angra 3. Segundo essa visão, o temor de um apagão na virada da década teria motivado a substituição do antigo diretor, Ildo Sauer, crítico do modelo energético atual.

Até a entrada dos dois maiores blocos de energia previstos no planejamento para os próximos anos – o projeto Madeira terá potência de 6,6 mil MW e Angra 3 terá 1,3 mil MW – as usinas a gás terão papel semelhante ao das térmicas emergenciais contratadas no período posterior ao racionamento: garantir os reservatórios das hidrelétricas, que produzem energia mais barata, em níveis seguros.

A Petrobras já se comprometeu com à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a abastecer o mercado com 6,5 mil megawatts (MW) de energia térmica a partir de 2010. Para tanto, a Petrobrás aposta na importação de gás natural liquefeito (GNL) para garantir energia nos próximos anos. Os dois primeiros navios regaseificadores, que ficarão instalados no Ceará e no Rio, já estão contratados. A Petrobrás espera ter 31,1 milhões de metros cúbicos de GNL por dia em 2012.

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