A Petrobras suspendeu investimentos de cerca de US$ 535 milhões planejados para campos em operação no Equador, à espera de uma solução definitiva para uma disputa contratual com o governo daquele país, segundo executivos de alto escalão da empresa.
A companhia é acusada de quebrar regulamentações legais ao transferir direitos de exploração para a japonesa Teikoku Oil, uma unidade da Impex Holdings, em 2005. A Petrobras e a Teikoku assinaram um acordo preliminar em janeiro de 2005 para transferir 40% dos direitos da Petrobras no bloco 18, na Amazônia, e no bloco 31, em Palo Azul. No começo deste mês, a Petroecuador deu início a um processo formal para encerrar o contrato da Petrobras nesses campos.
Em fevereiro, o procurador-geral do país, Xavier Garaicoa, disse que a Petrobras transferiu as participações no bloco 18 e em Palo Azul antes de receber autorização do Ministério de Energia.
Executivos da companhia afirmaram que planejam dar as informações pedidas pelo governo na quinta-feira e, então, o processo irá para o Ministério de Energia para uma decisão final.
Em uma conferência, o conselheiro legal da companhia, José Maytahaler, disse que a Petrobras não quebrou nenhuma lei ou contrato no Equador. O diretor da companhia naquele país, Dirceu Abrahão, afirmou que a empresa não transferiu nenhum direito ou obrigações para a Teikoku e estava esperando por uma decisão do governo.
A empresa brasileira produz cerca de 35 mil barris de petróleo por dia no Equador. As informações são da Dow Jones.